A maior cidade da Suíça mostra porque é uma das melhores cidades do mundo para se viver

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Rio Limmat com a Igreja de Grossmünster ao fundo, um dos cartões postais de Zurique. Foto: João Lima

 

 

Os magníficos Alpes Suíços com seus picos cobertos pela neve eterna dão as boas-vindas à Zurique, localizada no nordeste da Suíça, na margem norte do Lago de Zurique onde começa o Rio Limmat que atravessa a cidade. Eleita a 2ª melhor cidade do mundo para se viver neste ano de 2016, pela Mercer, consultoria global em recursos humanos, Zurique é uma cidade encantadora que soube conciliar de forma peculiar, sua história e cultura com os avanços da modernidade. A data de sua fundação é incerta, há registros de assentamento Pré-Histórico, de assentamentos Celtas por volta do século V antes de Cristo, e por volta do século I a.C., e é sabido que no ano 15 d.C. o lugar foi ocupado pelos romanos que construíram uma base militar e ali permaneceram até meados do século 6 d.C., quando foram derrotados pelos bárbaros Alamanos. Hoje, a maior cidade do país é totalmente cosmopolita, com mais de 400.000 habitantes oriundos de todos os cantos do planeta.

 

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A vista áerea dos Alpes Suíços é espetacular. Foto: João Lima

 

A gastronomia diversificada traz à tona esse multiculturalismo local, há desde tapas espanholas até comida tailandesa, passando por pratos tradicionais das cozinhas francesa, italiana, alemã, japonesa e tantas outras. A culinária suíça se faz presente nos restaurantes Adle’s Swiss Chuchi, primeiro restaurante de fondue da cidade velha e endereço número um para especialidades de queijo e carne suíços, e no Zeughauskeller, de comida típica, instalado num armazém de arsenal de guerra construído em 1487. Diz a lenda que a besta do arqueiro e herói suíço William Tell, aquele que teve que atirar uma flecha numa maçã colocada em cima da cabeça de seu filho e que iniciou a rebelião para a formação da Confederação Suíça, saiu deste armazém. Lendas à parte, os resquícios desse arsenal são os principais destaques da decoração interna do restaurante, entretanto, o que garante o sucesso da casa mesmo são os seus pratos tradicionais à base de carne de porco, salsichões, batatas rösti e a famosa cerveja flambada.

 

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O Adle's é o mais antigo restaurante de fondue da cidade velha. Foto: Reprodução

 

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 Pratos do Restaurante Zeughauskeller. Fotos: Viagem News

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 A decoração bélica do restaurante Zeughauskeller chama a atenção dos clientes. Fotos: João Lima 

 

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Pratos do restaurante tailandês White Elephant no Hotel Marriot de Zürich. Fotos: Viagem News

 

Na Suíça, há 4 idiomas oficiais: francês, alemão, italiano e romanche. Mas, a língua inglesa, apesar de não oficial, é praticamente falada por todos também. Diga-se de passagem, as pessoas são educadas e simpáticas, então, fica fácil pedir informações.

 

A melhor maneira para conhecer a capital do Cantão de Zurique é fazer um city tour a pé (walking tour), pelas ruas e vielas medievais da Cidade Velha, Altstadt, de preferência com o acompanhamento de um guia turístico, o que torna o passeio mais rico em informação e muito mais prático.

 

Na Bahnhofstrasse, uma das ruas mais luxuosas do mundo, estão as lojas das melhores grifes de roupas, joalherias, relojoarias e os famosos bancos suíços.

 

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A luxuosa Rua Bahnhofstrasse. Fotos: Viagem News

 

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 Paradeplatz. Foto: João Lima

  

E na esquina da Bahnhofstrasse com a Paradeplatz, o coração financeiro de Zurique, encontra-se a irresistível loja de doces e chocolates da Sprüngli. É impossível passar em frente e não entrar na loja que é uma verdadeira Disneylândia para os amantes de doces e chocolates. Tem desde o luxemburgerli, que é um doce que lembra os macarons franceses, doces variados, chocolates de tudo quanto é jeito, truffas, bolos, pães confeitados, sorvetes, até o doce preferido dos suíços: o vermicelle tortli.

 

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Loja da Sprüngli na esquina da Rua Bahnhofstrasse com a Paradeplatz. Foto: Viagem News

 

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Foto: Viagem News

 

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Luxemburgeli e chocolates para todos os gostos na loja da Sprüngli. Fotos: Viagem News

 

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Vermicelle Tortli, o doce preferido dos suíços. Foto: Viagem News

 

As ruas próximas à Bahnhofstrasse também concentram lojas de departamentos, restaurantes, fast foods, joalherias, perfumarias e famosas lojas de roupas, bolsas e calçados.

 

Já o centro histórico é repleto de atrações turísticas como: igrejas, monumentos, restaurantes, bares, cafés, confeitarias, relojoarias, museus, teatros, casa de ópera, lojas de roupas, souvenirs, entre outras.

 

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Zum Bahnhof. Fotos: João Lima

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Estátua em homenagem a Hans Waldmann, burgomestre de Zurique, decapitado depois de ter cometido excessos e abuso de autoridade quando governou a cidade. Foto: Viagem News  

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                     Casa da Ópera                                                 Uma das muitas vielas medievais do centro histórico

Fotos: Viagem News

                                             

Desde que abriu suas portas em 1911, o lendário Café Odeon, uma mistura de bar, restaurante e café, tornou-se ponto de encontro de políticos, artistas e intelectuais, como Albert Einstein, e também palco de diversos momentos históricos do país. É muito visitado por turistas.

 

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Foto: Viagem News                                                                       Foto: João Lima

 

Fundado em 1864, o H. Schwarzenbach vende especiarias, frutos secos exóticos, vinagres e óleos requintados, chocolates finos, massas, mel, compotas e cafés premium de diversos países, inclusive do Brasil. O café que chega em grãos é torrado e moído artesanalmente. A loja ocupa o lugar onde funcionava a Agência dos Correios e isso é lembrado e destacado num pedaço da fachada original do prédio conservado até hoje.

 

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Acima do letreiro, pedaço conservado da fachada do edifício onde hoje está instalado o H. Schwarzenbach lembra que, outrora, o local foi sede da Agência de Correios de Zurique. Foto: Viagem News

 

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No H. Schwarzenbach há inclusive café do Brasil. Foto: Viagem News

 

Na casa de número 12 da Rua Oberdofstrasse, uma padaria chama a atenção. Não apenas pelas delícias que vende, mas, principalmente pelo modo como é feito o atendimento ao público: através de uma pequena janela defronte à rua. Razão esta, pela qual a padaria Mr. Urs Vohdin Bäckerei-Konditorei tornou-se conhecida como “A Janela”.

 

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"A Janela", nesta charmosa padaria o atendimento é feito através de uma janela. Foto: João Lima

 

Já o número 14 da rua Rua Spiegelgasse ficou famoso por ser o prédio onde viveu o revolucionário comunista russo Wladimir Iljitsch Uljanow Lenin, entre 21 de fevereiro de 1916 e 2 de abril de 1917.

 

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Neste edifício na Rua Spiegelgasse, a placa destaca o apartamento onde Lenin morou em Zurique. Foto: João Lima

 

Ainda na Spiegelgasse, está o Cabaret Voltaire, berço do Dadaísmo, movimento vanguardista apresentado ao mundo em 5 de fevereiro de 1916.

 

Perto dali, na Rua Newmarkt nº 4, num edifício romano construído na Idade Média, o Haus zum Rech realiza regularmente exposições sobre a Zurique Urbana e a História da Arquitetura e, além de abrigar Arquivos Arquitetônicos da Cidade, exibe uma maquete muito bem feita da cidade nos anos 1800. Abre de terça-feira à sexta-feira das 8h às 18h e no sábado das 10h às 16h.

 

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Maquete incrível da cidade de Zurique nos anos de 1800. Foto: Viagem News

 

Entre os imóveis de números 3 e 5 da Rua Neumarkt encontra-se a discreta entrada do beco da Sinagoga, que leva a uma pracinha onde acontecem apresentações de música e teatro ao ar livre no verão. No local situa-se o famoso restaurante Wirtschaft Neumarkt, um dos mais bonitos da cidade.

 

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Festplatz na Synagogengasse. Fotos: Viagem News

 

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Festplatz - Na praça da festa há uma outra entrada para o restaurante Wirtschaft Neumarkt. Fotos: João Lima

 

O tradicional restaurante suíço Opfelchammer é o mais antigo pub originalmente preservado em Zurique, fica na Rua Rindermarkt, 12, uma rua que na época natalina fica enfeitada com muitas luzes.

 

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Restaurante Opfelchammer - A RuaRindermarkt é famosa por ficar toda enfeitada com pequenas luzes na época natalina. Fotos: João Lima

 

No centro histórico também há muitas fontes nas quais você pode beber água e encher sua garrafinha, pois a água distribuída na cidade é potável, até mesmo as que saem das torneiras.

 

É impossível falar de Zurique sem falar de suas quatro principais igrejas. Um dos principais cartões postais da cidade, o mosteiro de Grossmünster, começou a ser construído em 1100 e foi inaugurado cerca de 110 anos depois. Dizem que a igreja foi construída no local onde o Rei dos Francos, Carlos Magno, descobriu os túmulos dos mártires de Zurique: Felix, Regula e Exuperantius.

 

Antigamente suas torres possuíam campanários de madeira no topo, os quais foram destruídos por um incêndio em 1781 e substituídos por pontas em estilo neogótico. Aberta à visitação, a torre Karl, uma das duas torres do mosteiro, proporciona uma vista muito bonita.

 

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A linda Igreja Grossmünster. Foto: Viagem News - Até de noite, a Igreja de Grossmünster mantém sua beleza e imponência. Foto: João Lima

 

Essa igreja evangélica protestante foi o ponto de partida da Reforma liderada por Huldrych Zwingli e Heinrich Bullinger em meados do século XVI. Os vitrais feitos por Sigmar Polke, a cripta românica, a janela para o coro de Augusto Giacometti (1932), as portas de bronze de Otto Münch (1935 e 1950) e o museu da Reforma no claustro, onde ocorrem visitas guiadas, são os destaques da igreja.

 

É cobrada entrada para visitar a torre Karl:

Adultos: CHF$ 4.
Adolescentes 6-16 anos, estudantes, idosos: CHF$ 2.
Grupos escolares: CHF$ 1 por aluno e de CHF$ 2 para acompanhantes.
Grupos de 10 pessoas: CHF$ 3 por pessoa.

 

Do outro lado do Rio Limmat, encontra-se o mosteiro das freiras, a igreja de Fraumünster, com incríveis vitrais projetados pelo artista Marc Chagall. Em seu interior, o maior órgão de Zurique, com 5.793 tubos, o elegante coro romanesco de 18 metros de altura e o pronunciado arco do transepto. Originalmente, a Fraumünster construída no ano de 853 era um convento beneditino para moças da aristocracia europeia.

 

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A Fraumünster era originalmente um convento para moças. Foto: João Lima - Sua torre azul tornou-se um ícone às margens do Rio Limmat. Foto: Viagem News

 

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Igreja Fraumünster à noite. Fotos: Viagem News

 

A Igreja de St. Peter (São Pedro) fica a poucas quadras da Fraumünster, na colina de Lindenhof no lugar em que ficava um castelo romano. É a única igreja em estilo barroco da cidade e a mais antiga também, data de antes do ano 900 d.C. e é famosa por seu relógio da torre, o maior relógio de igreja de toda a Europa com o disco do mostrador medindo 8,7 metros de diâmetro. A torre contém cinco sinos, sendo que o maior pesa 6 toneladas sem contar o badalo do sino. Da Idade Média até o ano de 1911 a torre da igreja foi usada como um ponto de vigilância de incêndio. O primeiro prefeito de Zurique, Rudolf Brun, foi enterrado nessa igreja. Na parte interna, destaque para a pia baptismal de 1598 e as cadeiras do coro com seus braços e ricas esculturas do século 15 que teve origem nos conventos suprimidos da cidade. Outras atrações são o rico adorno de acanto com verso da Bíblia sobre o púlpito, os lustres de cristal modelados no estilo de 1710 e o órgão com 53 paradas.

 

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A Igreja de St. Peter tem o maior relógio de igreja da Europa. Fotos: João Lima

 

A Igreja Prediger (Igreja do Pregador), era uma igreja Dominicana que começou a ser construída em 1231, e tornou-se protestante no período da Reforma em meados do século XIV. O coro da igreja reconstruído entre 1308 e 1350, e a torre alta do sino, incomum para a época, fazem a igreja ser considerada o mais alto edifício gótico de Zurique.

 

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                                           A Igreja Prediger é o edifício gótico mais alto de Zurique. Foto: Viagem News

 

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Igreja Prediger vista do Lindenhof. Foto: João Lima

 

Na época do Natal, as árvores localizadas na altura do restaurante Schipfe, na Rua Schipfe que margeia o rio Limmat, são decoradas com saborosos chocolates suíços que ficam pendurados nelas à disposição do público. Quem quiser um é só pegar. Uma gentileza que adoça a boca e o coração das pessoas.

 

Esse rico patrimônio histórico-cultural de Zurique é complementado por mais de 50 museus e mais de 100 galerias de arte e design. Destaque para o Museu de Belas Artes, o Kunsthaus Zürich, que ostenta um importante acervo de pinturas, esculturas, fotografias e vídeos; o Museu Nacional, acervo mais completo da Suíça de artefatos que contam sua história cultural e o Museu Rietberg que abriga obras de arte não-europeias, especialmente da Índia, China e África.

 

Passear pelo centro histórico e pela Bahnhofstrasse é realmente um programa imperdível!

 

Imperdível também é conhecer a enorme e movimentada estação central de trem Zurique Hauptbahnhof, ou simplesmente Zurique HB, a principal estação ferroviária da Suíça e uma das principais da Europa, por onde circulam diariamente cerca de 420.000 pessoas e de onde partem, ou chegam trens que realizam 2.600 viagens nacionais e internacionais de longas distâncias por dia.

 

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Zurique HB, uma das mais movimentadas estações de trem de toda a Europa. Foto: Viagem News

 

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Saguão da estação Zurique HB. Foto: Viagem News - Anjo da Guarda criado pela famosa artista plástica francesa Niki de Saint-Phalle. Foto: João Lima

 

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Fotos: Viagem News

 

Zurique HB é mais que uma estação, pois oferece uma grande quantidade e variedade de produtos e serviços. No andar térreo, além da plataforma de trem, há cafés, bares, restaurantes, lanchonetes, lojas diversas, correio, agência bancária e posto de informação turística, entre outros. No subsolo, existe um shopping center, o ShopVille Zurique Hauptbahnhof, que tem desde serviço de guarda-mala e banheiro com chuveiro para os viajantes tomarem um banho, até lojas de roupas, calçados, informática e eletrônicos, supermercados, restaurantes, fast foods, bancos, telefonia, perfumaria, papelaria, confeitaria e lojas de chocolates artesanais como a Sprüngli e a Läderach.

 

302 Zürich MG 1142 Vitral no teto do restaurante Brasserie Federal, no saguão da estação Zurique HB, Foto: João Lima

 

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 Shop Ville Zurique Hauptbahnhof. Fotos: Viagem News

 

Kiosk, presente nas principais estações de trens da Suíça, é uma lojinha de conveniência que vende aquelas coisas de última hora que todo mundo precisa. Sabe quando você percebe que esqueceu de comprar pilhas, ou quer levar um chocolate, uma garrafinha de água na tua viagem de trem? Então, o Kiosk é o lugar certo para isso, há desde revistas, refrigerantes, salgadinhos, biscoitos, doces, até pendrives.

 

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Foto: Viagem News

 

A estação é monitorada por mais de cem câmeras, mas, como em toda grande metrópole, deve-se estar sempre alerta com celulares, câmeras, bolsas e carteiras porque de vez em quando acontece alguns furtos e roubos. Em nossa viagem, fomos alertados por pessoas na estação e presenciamos dois rapazes com características físicas de imigrantes sendo perseguidos e capturados por agentes de segurança.

 

Neste ano, foi inaugurado no dia 1º de junho, o Túnel Base de São Gotardo, o mais longo túnel ferroviário do mundo com 57 km de comprimento, até então, o túnel Seikan no Japão era o maior com 53,9 km. O projeto que inclui dois túneis separados de uma via cada, escavados no interior do maciço de São Gotardo, reduziu o tempo de viagem entre o norte e o sul do país em meia hora, uma vez que o trem trafega a 250 km/h num trajeto direto sem curvas fechadas e desníveis de solo. O túnel base liga as cidades de Erstfeld, no Cantão de Uri e Bodio, no Cantão de Ticino, e levou quase duas décadas para ser construído.

 

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Fotos: Viagem News

 

A linha que atravessa o túnel entrará em operação comercial a partir do dia 11 de dezembro de 2016. Quando for concluída por inteira, terá um total de 153,5 km de túneis, poços e passagens previstas e a viagem de Zurique a Milão passando por Lugano, que hoje demora 3 horas e meia, passará a levar somente 2 horas e meia.

 

Perto da Estação Central, porém, do outro lado do rio na rua Limmatquait, às margens do Rio Limmat, o funicular UBS Polybahn faz o transporte de passageiros ao Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique (ETH). Construído entre os anos de 1858 e 1864 por Gottfried Semper, o instituto hoje está associado a 21 ganhadores do prêmio Nobel, entre eles, o notável cientista alemão Albert Einstein, formado ali.

 

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O funicular UBS Polybahn. Foto: João Lima

 

Do Polyterrasse, o terraço desta Escola Politécnica, se tem uma bela vista de uma parte da cidade, e dali é possível apreciar um maravilhoso pôr do sol. Mas, é importante lembrar que o funicular não funciona aos domingos.

 

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Polyterrasse. Fotos: Viagem News

 

Lindenhof, no alto de uma colina, é outro ponto turístico bastante procurado pela bonita vista que se tem da cidade velha e do Rio Limmat. A guia turística Úrsula Casanova, filha de mãe brasileira e pai suíço, explicou que o nome do lugar vem das muitas árvores da espécie Tilia, Linden em alemão, presentes no Hof, que significa pátio. Primeiramente ocupado pelos celtas, foi depois a sede de um castelo romano e mais tarde, residência de reis germanos. “Desde que Zurique se tornou livre no século XIII, foi decidido através de uma votação que ali não poderia ser construído mais nada”, contou Úrsula. Deste modo, nos dias de hoje, Lindenhof é uma área de lazer e descanso, que além de oferecer uma vista privilegiada, convida a uma partida de xadrez num grande tabuleiro de pedra encravado no chão, com peças gigantes à disposição do público.

 

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Lindenhof e a bonita vista que se tem de parte da cidade velha. Fotos: João Lima

 

Aqueles que desejarem ver a cidade toda do alto podem ir de trem até Uetliberg, localizado num monte um pouco afastado da cidade onde fica uma torre de TV e de onde se tem uma linda vista de Zurique e dos Alpes. Ou então, ir até Adliswil a 7 km de Zurique e pegar um teleférico até Felsenegg, no topo de outro monte, onde a vista do terraço panorâmico do restaurante, com Zurique, o lago e os Alpes ao fundo, é simplesmente deslumbrante.

 

Alguns bairros mais distantes do centro como o distrito de Aussersihl e Zürich West, referências em decoração, arte, tendências da moda, compras e gastronomia, também reservam ótimos passeios. Mas, fique atento, pois a maioria das lojas em Zurique fecha às 18h30, algumas fecham às 20h00.

 

Para chegar até esses bairros mais longes, uma excelente opção é ir de bondes urbanos, os chamados trams, já que eles conduzem aos mais variados lugares da cidade com praticidade, segurança e são bem mais baratos do que o táxi. Para utilizá-los, antes é preciso comprar os bilhetes em máquinas instaladas nos próprios pontos ou na estação central de trem, porque não há cobrador. Embarcar num tram sem o bilhete, implica no pagamento de uma multa no valor de CHF$ 100. Cabe ressaltar que as máquinas só aceitam moedas ou cartão de crédito, então, é bom ter algumas moedas no bolso, inclusive para poder usar os banheiros nas estações de trem, que são cobrados e só aceitam moedas. Os diferentes veículos na área da grande Zurique pertencem à rede de transportes Zurique (ZVV). Bilhetes dentro da rede ZVV são sempre válidos dentro de uma zona inteira. Pode-se usar todos os meios de transporte público no período de validade e na zona do bilhete, pode-se transferir o bilhete conforme necessário e fazer viagens de ida e volta.

 

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Máquina automática de bilhetes da ZVV. Fotos: Reprodução site stadt-zuerich.ch

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Tela da máquina para comprar bilhetes de tram. Foto: Reprodução site stadt-zuerich.ch 

 

A área da rede ZVV é dividida em zonas individuais e o preço do bilhete depende do número de zonas através das quais se está viajando. Zonas tarifárias 110 (rede da cidade de Zurique) e 120 (rede cidade Winterthur) são contadas duas vezes ao calcular o preço. Use o plano de zona tarifária para identificar por quantas zonas se está viajando. Entre os tipos de bilhetes disponíveis, o Day Pass, passe diário que custa CHF$ 5,20 a tarifa inteira da segunda classe para adulto, é uma ótima opção para turistas e que dá direito a andar por qualquer tipo de transporte público na região central de Zurique por 24 horas a partir do momento da compra do bilhete. Para o turista que quiser visitar museus ou explorar a cidade, há o Zürich Card, o qual dá direito a andar em qualquer transporte público, entrar em alguns museus de graça, e ainda dá descontos em lojas e restaurantes. Custa 24 francos suíços válido por 24 horas ou CHF$ 32 válido por 72 horas. Para mais informações, acesse: https://www.stadt-zuerich.ch/vbz/en/index/tickets/tickets_prices.html.

 

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Tram parado na Paradeplatz. Foto: Viagem News

 

O tram não abre as portas automaticamente quando para nos pontos, então, assim como nos trens de viagens, para embarcar é preciso apertar o botão localizado na parte externa próximo às portas, para que as mesmas se abram. 

 

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Para abrir a porta do tram deve-se apertar um dos botões ao lado dela. Foto: Viagem News

 

Em Zurique não há metrô, para distâncias maiores como ir do aeroporto à estação de trem central, por exemplo, há o S-Bahn ou Strasse Bahn, que passa por túneis, porém não é metrô. Aliás, essa linha Estação Central-Aeroporto possui um alerta sonoro bastante inusitado que provoca risos nos turistas. Porque, ao invés de um toque sonoro tradicional, o que escutamos quando o trem se aproxima de uma estação é um mugido de vaca, que é um animal símbolo da Suíça por fornecer o leite para a fabricação de seus famosos queijos e chocolates.

 

O transporte público ainda conta com ônibus e com os ferry que navegam pelo Lago de Zurique e pelo Rio Limmat.

 

Nos arredores da cidade existem também, ótimos e aconchegantes restaurantes da cozinha típica suíça que vale muito a pena conhecer, como por exemplo, o Adlisberg, que exala romantismo em meio a muito verde no alto de um morro.

 

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O charmoso e aconchegante Restaurante Adlisberg. Fotos: João Lima

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O restaurante Adlisberg serve pratos típicos suíços. Fotos: Viagem News

 

Outra atração um pouco mais afastada do centro é o Zoológico de Zurique com cerca de 340 espécies de animais vivendo em habitats naturais projetados e que também é um centro de conservação da natureza envolvido com programas internacionais de reprodução e restabelecimento.

 

Um programa obrigatório para os chocólatras é visitar a fantástica fábrica dos chocolates Lindt & Sprüngli, em Kilchberg, na região metropolitana de Zurique, a 15 minutos de trem da Bahnhofstrasse, para vivenciar a inesquecível experiência de personalizar seus próprios chocolates Lindt. Na chocolateria da Lindt é realizado um workshop de 2 horas para produzir sua própria barra, ou trufa de chocolate e decorar bombons pralinés, que depois de embalados são entregues aos participantes no final da visitação. Para participar do workshop é preciso reservar uma data online e pagar uma taxa de CHF$ 70 no momento da reserva. O visitante não tem acesso à linha de produção, somente a chocolateria e à loja da Lindt no local.

  

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Workshop na chocolateria da fábrica da Lindt. Fotos: Viagem News

 

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Workshop na chocolateria da fábrica da Lindt. Foto: João Lima

 

Um passeio de barco pelo lago e pelo rio Limmat é uma ótima opção para quem preferir relaxar admirando a uma bela paisagem. Os barcos saem do Limmatschiff à beira do lago, no Parque Bürkliplatz. O píer também oferece uma bela vista do lago. Aos que quiserem fazer uma caminhada, dar uma corrida ao ar livre, ou apenas sentar num banco e descansar admirando o lago, os cisnes e os barcos navegando, não há melhor lugar que os calçadões dos cais em Quaianlagen.

 

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Quaianlagen. Fotos: Viagem News

 

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Limmatschiff. Fotos: Viagem News

 

Zurique oferece diferentes atrações durante o ano, que variam de acordo com as estações. Visitar a cidade no verão é um convite a nadar no Rio Limmat, no lago, participar do Festival de Zurique entre junho e julho com ópera, concertos, teatro e dança ao ar livre, dançar no Festival de Rua (Streetparade), um dos maiores eventos de música techno do mundo que acontece em agosto, e desfrutar de noites mais agitadas, aliás, diga-se de passagem, Zurique concentra o maior número de casas noturnas do país. Na primavera ocorrem festivais tradicionais como o Sechseläuten, Festival da Primavera, que acontece em abril e o Festival Tropical Caliente em junho, com ritmos quentes como o samba e a salsa. No inverno, pode-se ver a neve e a cidade fica enfeitada para o Natal. No outono, época da nossa visita, as folhas das árvores adquirem tons amarelados, alaranjados e avermelhados típicos da estação. A brisa fria que atinge nossos rostos traz junto o agradável aroma das castanhas assadas nas barraquinhas de rua, e a cidade meio vazia representa uma boa oportunidade para provar o delicioso fondue suíço sem ter que enfrentar restaurantes lotados.

 

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Castanhas portuguesas assadas. Foto: Viagem News

 

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Outono em Zurique. Fotos: João Lima

 

Com excelente infraestrutura, ar limpo e tantos atrativos que proporcionam uma qualidade de vida excepcional, torna-se impossível resistir aos encantos de Zurique. E assim, descobrimos o porquê dela sempre figurar entre as melhores cidades do mundo para se viver.

 

 

Mais informações: https://www.zuerich.com/en (em inglês)

Guia turística Úrsula Casanova. Contato: This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.

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