Catalunha Vulcão Montsacopa. Crédito: Divulgação
Famosa por sua gastronomia, arquitetura e rica tradição histórica e cultural, a Catalunha reserva muitos outros tesouros para serem descobertos
Esqueça as praias do Mediterrâneo, as badaladas festas e, porque não, o futebol. A Catalunha, comunidade autônoma da Espanha que abrange as províncias de Barcelona, Girona, Lérida e Tarragona, é muito mais do que isso. Uma vez viajando pela região é possível se deparar com paisagens tão diversas quanto vilarejos medievais incrustados em montanhas ou vulcões adormecidos.
Essa é uma viagem que começa pela capital Barcelona, um dos destinos turísticos mais visitados de todo o mundo. O ponto de partida? O Serras Hotel, localizado no mesmo edifício que abrigou o primeiro atelier de Pablo Picasso na cidade, dispõe de amplas suítes de design moderno e varandas que recebem o sol e a brisa do Mediterrâneo.
Esse hotel boutique fica no coração do Bairro Gótico, a poucas quadras das Ramblas, da Basílica de Santa Maria del Mar, da Catedral de Barcelona e de toda a efervescência da cidade. Dali, é possível caminhar para a praia de Barceloneta, visitar restaurantes e lojas ou aproveitar ainda o rooftop do próprio hotel – sempre nas listas dos melhores da Europa -, que traz uma piscina com borda infinita e bar de coquetéis, com vista para a charmosa Marina Port Vell, o antigo porto da cidade.
Em seguida, deixe para trás o agito e as ruas movimentadas da capital para descobrir uma face tranquila e selvagem da Catalunha. A poucas horas de carro, o ritmo desacelera e a paisagem urbana se transforma. No caminho em direção ao norte, a cidade de Olot serve de base para explorar o Parque Natural da Zona Vulcânica de La Garrotxa, área que reúne 40 vulcões adormecidos, que mantêm suas crateras e cones de lava solidificada preservados até hoje.
Com ajuda de um guia, é possível percorrer diferentes trilhas em rotas bem sinalizadas pelas montanhas, campos e vales. Ao longo do caminho, a imersão na natureza é completa. Além de cervos e javalis, o viajante pode se deparar com a rica fauna local, que inclui aves migratórias e até mesmo com o urso pardo europeu.

Vias Verdes. Crédito: Divulgação
Os mais aventureiros podem seguir pelas vias verdes, antigas linhas férreas que hoje recebem ciclistas de todo o mundo em muitos roteiros personalizados que podem ser feitos em diferentes etapas. O tour mais famoso parte de Olot com destino a Girona e percorre um trecho de 54 quilômetros margeando os rios Ter, Bruguent e Fluvià.
Cozinha vulcânica
A cena gastronômica local também é surpreendente. Tem como base a chamada cozinha vulcânica e entre os principais ingredientes produtos que são cultivados no solo rico em nutrientes e minerais, como feijão branco, trufa e cogumelos, além das famosas batatas Olot.
Na cidade, os fãs da gastronomia catalã têm um restaurante superpremiado para conhecer: o Les Cols. Comandado brilhantemente pela chef Fina Puigdevall e sua família tem entre os destaques o menu degustação que garantiu a casa duas estrelas no Guia Michelin e os produtos orgânicos cultivados em sua própria fazenda ou de origem local. O Les Cols possui também uma Estrela Verde Michelin, prêmio que reconhece o compromisso com a sustentabilidade e a agricultura consciente.
Já o Espai Cràter é um museu interativo que também não pode faltar no roteiro. O destino é perfeito para crianças e famílias explorarem esse universo de dentro de um verdadeiro vulcão – o Puig del Roser, que teve sua última erupção registrada há mais de 10 mil anos. Como parte de sua programação, o Espai Crater também oferece, regularmente, visitas guiadas ao vulcão Montsacopa, um dos mais importantes da região de Garrotxa.
Vilarejos medievais: uma viagem no tempo

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Também na Catalunha, Castellfollit de la Roca está entre os destinos mais curiosos de toda a Espanha. A vila de 1 quilômetro de extensão, onde vivem apenas 900 habitantes, parece estar pendurada sobre um paredão de rochas vulcânicas.
Outro local muito procurado pelos viajantes é a cidade medieval de Besalú. Distante 130 quilômetros de Barcelona, preserva as fachadas de pedra nos prédios e monumentos, além de manter os vestígios de um bairro que existiu durante a Idade Média.