Turismo afetivo: Brasileiros querem criar memórias mais do que comprar souvenirs 

Pesquisa da Imaginadora revela que, para o viajante brasileiro, o que realmente vale na viagem são as histórias vividas — não os objetos levados para casa 

Mais do que checklists de atrações, fotos perfeitas ou lembrancinhas de loja, o que move o brasileiro na hora de viajar é a vontade de viver experiências que fiquem na memória. É o que revela o estudo “Um Novo Jeito de Viajar”, realizado pela Imaginadora, que mostra um dado contundente: para 65,9% dos brasileiros, o principal valor das viagens em grupo é criar momentos especiais com pessoas queridas. 

O levantamento indica que, para o viajante brasileiro contemporâneo, viajar não é sobre acúmulo de coisas, mas sobre acúmulo de vivências. As escolhas de destinos, roteiros e atividades são guiadas menos pelo desejo de consumir e mais pela busca por conexão — com os outros, com o lugar e com a própria história. 

“O que o viajante leva da viagem não cabe na mala. Cabe na memória, nos vínculos, nas histórias que ele vai contar depois”, afirma Ana Donato, sócia-diretora da Imaginadora. 

Afeto é o novo roteiro 

Esse desejo de viver experiências afetivas se reflete em todos os aspectos da viagem. 59,1% dos brasileiros costumam viajar com familiares, enquanto 48,3% escolhem viajar com parceiros(as) e 21,2% com amigos. Apenas 17,3% costumam viajar sozinhos. 

As experiências mais valorizadas são aquelas que proporcionam conexão genuína: 

  • Explorar novos lugares (78,2%) 
  • Estar em contato com a natureza (58,7%) 
  • Vivenciar a gastronomia local (62,4%) 

O roteiro ideal, para muitos brasileiros, não está necessariamente em pontos turísticos icônicos, mas na construção de memórias afetivas: um almoço demorado com pessoas queridas, uma trilha que vira conversa, um pôr do sol que marca uma lembrança coletiva. 

Do souvenir à memória: uma mudança de paradigma no turismo 

A pesquisa mostra uma transformação importante no comportamento do consumidor de viagens. Se antes o souvenir representava o símbolo físico da viagem, hoje ele dá lugar a algo mais intangível — e mais valioso: a memória construída no percurso. 

Esse movimento redefine não só o jeito de viajar, mas também como destinos, hotéis, operadoras e marcas do setor devem se posicionar. Oferecer roteiros prontos, serviços ou produtos não basta. O viajante quer experiências que tenham significado, que sejam autênticas, que toquem emocionalmente. 

Oportunidade para o mercado 

Para o trade, entender esse novo olhar é uma oportunidade concreta. Mais do que vender hospedagens, passagens ou passeios, as empresas do setor que se conectam a essa lógica passam a oferecer experiências de vida. 

Roteiros personalizados, atividades culturais, imersões gastronômicas, turismo de natureza, experiências sensoriais, encontros locais — tudo que favorece a criação de histórias compartilhadas ganha protagonismo na decisão de compra. 

“O turismo afetivo não é uma tendência passageira. Ele reflete uma mudança cultural profunda sobre como as pessoas querem viver, consumir e se relacionar com o mundo. Quem entender isso, não só fideliza seus clientes, como cria experiências que ficam — de verdade — para sempre”, conclui Ana.

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Fonte de dados meteorológicos: wetterlang.de

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