Com temperaturas mais amenas, o inverno, é uma das melhores estações para explorar trilhas em parques naturais. A vegetação exuberante, o céu limpo e o clima fresco favorecem caminhadas longas e cheias de contemplação. Mas, para que a experiência seja segura e confortável, é fundamental ir preparado.
Andrés Conquista, supervisor Operacional da Parte Alta do Parque Nacional do Itatiaia, no Rio de Janeiro, concessionado pela Parquetur, uma das maiores concessionárias do setor no País, dá dicas essenciais para encarar as trilhas, mesmo as mais simples, durante o inverno.
Sobre as roupas, ele recomenda: “vista-se em camadas”. Isso porque a oscilação térmica é um dos principais desafios da estação. Por isso, ele orienta três camadas principais, formadas por base (blusa de manga longa térmica ou dry fit), meio: fleece ou moletom leve) e externa (jaqueta corta-vento ou impermeável). “É importante levar, sempre, um casaco reserva, pois o frio costuma voltar mais forte no fim do dia”, diz.
Mesmo no frio, o corpo perde líquidos e a hidratação segue como item essencial. O ideal é que todo trilheiro leve pelo menos 1,5 litro de água, por pessoa. Igualmente essencial e o cuidado com o impacto do sol e do vento no inverno. “O vento resseca e o sol queima a pele, especialmente em altitudes muito elevadas, onde ele (o sol) bate mais forte”, diz. Por isso, toda mochila deve conter protetor labial com filtro UV e protetor solar, mesmo em dias nublados.
A lista sugerida por Andres Conquista inclui, ainda acessórios que fazem diferença, como boné ou chapéu para proteção do rosto; lanterna de cabeça ou de mão, mesmo para quem não planeje ficar até o anoitecer, é item indispensável e a bateria do celular não é confiável como única fonte de iluminação.
Os cuidados para um roteiro confortável também incluem alimentação e higiene. No dia anterior à trilha, recomenda-se fazer uma alimentação regular e sem exageros. “Nada de experimentar coisas novas na noite anterior, para não ter surpresas de digestão”, brinca, lembrando que barras de proteína, chocolates, frutas secas ou castanhas são itens que dão energia rápida e ocupam pouco espaço. “Inclua um lanche reforçado para a parada principal do dia”, alerta.
Para quem for passar muitas horas em áreas naturais, um kit de higiene pessoal é essencial. Ele pode incluir papel higiênico, saco estanque para descarte e um kit de banheiro portável, com itens biodegradáveis.
Com mais de 12 anos de experiência e atuação no Parque Nacional do Itatiaia, Andrés Conquista chama a atenção para a principal recomendação: “não vá sozinho e procure guias oficiais, treinados, credenciados e preparados para a trilha, mesmo nas de baixa complexidade”, diz, reforçando que estes profissionais, para além do roteiro e do conhecimento das espécies – o que naturalmente torna o passeio mais atrativo –, conhecem os pontos de abrigo e de sombra, os locais com sinal de celular, as áreas de risco e as rotas de evacuação, se necessário.
“É muito importante verificar as regras do parque, a classificação da trilha (fácil, moderada, difícil), a previsão do tempo e a exigência de equipamentos obrigatórios. A trilha é uma experiência memorável e deve ser um momento de presença e de respeito à natureza. Ouça o ambiente, cuide do que carrega e aproveite cada etapa do caminho”, finaliza.
Além do Parque Nacional do Itatiaia, a Parquetur também detém a concessão do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás; do Caminhos do Mar, em São Paulo, que faz parte do Parque Estadual Serra do Mar; e do Parque Estadual do Ibitipoca, em Minas Gerais.
