Símbolo do poder de regeneração da Mata Atlântica, a reserva foi fundada como um compromisso da Suzano com o futuro e com o planeta
Inaugurado em outubro de 2004, o Parque das Neblinas, reserva ambiental da Suzano gerida pelo Instituto Ecofuturo, celebra 21 anos de história neste mês. Localizado na Serra do Mar paulista, o Parque integra o maior remanescente contínuo de Mata Atlântica do País, reconhecido como um hotspot de biodiversidade: um bioma ameaçado, mas entre os mais ricos do planeta. São 7 mil hectares de floresta em diferentes estágios de regeneração, que refletem a força e a capacidade de transformação da natureza. O Parque é o projeto físico de sustentabilidade mais longevo da companhia e foi criado como um compromisso com o futuro, com a sociedade e com o meio ambiente.
A trajetória do território começou nas décadas de 1940 e 1950, quando a vegetação nativa foi desmatada pela indústria siderúrgica para a produção de carvão vegetal. Depois, no lugar da mata nativa, eucaliptos foram plantados para o mesmo fim. Em 1966, a Suzano adquiriu a propriedade e seguiu com o manejo de eucalipto, visando a produção de celulose e papel. Até que, no fim dos anos 1980, com a criação da área de Meio Ambiente da empresa, conceitos ambientais foram introduzidos no manejo florestal e identificou-se a vocação do local para conservação.
Desde então, o Instituto tem conduzido um amplo processo de recuperação ambiental. Em duas décadas, o que antes era uma área degradada se transformou em uma das maiores reservas privadas de Mata Atlântica do Brasil. O Parque abriga ações de educação ambiental, pesquisas científicas, manejo sustentável, ecoturismo e projetos de engajamento comunitário.
Atualmente, 1,4 mil espécies de fauna e flora já foram identificadas no local, sendo quatro novas para a ciência e mais de 40 com algum grau de ameaça. Entre elas, o recente registro de um bugio (Alouatta sp.), após seis anos sem presença na área, e o avistamento de dois indivíduos da jacutinga (Aburria jacutinga) em área próxima à circulação de visitantes – uma das 293 espécies de avifauna registradas no território. A presença da jacutinga está diretamente associada à abundância da palmeira-juçara (Euterpe edulis), fonte alimentar fundamental para a espécie.
A integração com as comunidades vizinhas é parte essencial dessa história. O time do Parque conta com monitores e prestadores de serviços locais, além de iniciativas que fortalecem o vínculo regional. Entre elas, estão o projeto Oficinas de Manejo, voltado a proprietários rurais do entorno, e o programa de educação ambiental, Meu Ambiente, que desde 2010 já impactou mais de 11 mil estudantes e 430 educadores de cerca de 220 escolas públicas de Mogi das Cruzes, Bertioga e Suzano.
Ainda no âmbito educacional, o Parque recebeu recentemente a visita de um grupo de crianças chinesas e brasileiras para uma programação de imersão na biodiversidade local. A atividade integrou o “Programa de Colaboração Sino-Brasileiro em Educação e Natureza”, promovido pelo Instituto Ecofuturo em parceria com a Suzano Ásia.
“Esses 21 anos representam o resultado de um trabalho contínuo de regeneração e aprendizado. O Parque das Neblinas mostra que é possível conciliar conservação ambiental, pesquisa científica e participação comunitária, promovendo um modelo de desenvolvimento sustentável que inspira outras iniciativas”, afirma Valéria Blos, diretora geral do Instituto Ecofuturo.
E tem novidade! O Parque das Neblinas agora tem um perfil exclusivo no Instagram. O espaço foi criado para fortalecer o diálogo com o público e aproximar ainda mais as pessoas do nosso dia a dia. Lá, vamos compartilhar os bastidores da operação, curiosidades sobre pesquisas e as novidades das atividades de ecoturismo. Siga e acompanhe em @parquedasneblinas.