Em junho, diversos prédios e atrações de Nova York homenageiam o Mês do Orgulho. Crédito: Julienne Schaer/NYC Tourism + Conventions
Por toda a cidade, uma série de atrações retrata e homenageia a história, resistência e conquistas dessa comunidade. Também não faltam, claro, inúmeros bares, parques e praias para a galera se divertir, pois toda vitória é celebrada conjuntamente
Enquanto algumas cidades podem ter um ou alguns marcos LGBT+, Nova York se orgulha de reunir inúmeras atrações relacionadas a esse público, onde pulsam histórias de coragem, diversidade e transformação. São vários museus, monumentos, parques, memoriais, praias e (muitos) bares e pontos de encontro que marcaram, e seguem marcando, a trajetória da população queer e hoje reúnem uma comunidade orgulhosa da história percorrida até aqui e das conquistas que seguem se concretizando.
No Mês do Orgulho, confira a lista de atrações e points LGBT+ preparada pela NYC Tourism, organização que promove o turismo na cidade de Nova York, e embarque em uma jornada inspiradora pelos espaços que celebram o orgulho, preservam a memória e motivam as futuras gerações.
53 Christopher St., Village, em Manhattan

Crédito: Elizabeth Bick/Divulgação
Este bar gay é um marco histórico dos Estados Unidos, onde ocorreu a famosa Revolta de Stonewall, em 1969, que muitos consideram o nascimento do movimento moderno pelos direitos LGBT+. Perto da entrada, uma placa com a frase “Este é um local invadido” recebe os visitantes, como uma referência aos tempos das perseguições – e da resistência – que ocorreram ali. Embora não seja mais um ponto de agitação social, a energia e o senso de inclusão seguem dando o tom, e o entretenimento está garantido com a realização de um animado bingo ou karaokê – há um evento diferente todas as noites.
38-64 Christopher St., Village, em Manhattan

Crédito: Brittany Petronella/NYC Tourism + Conventions
Em frente ao Stonewall Inn, o parque faz parte do Stonewall National Monument, que celebra a Revolta de Stonewall. É um ótimo lugar para observar o vaivém de pessoas e se reunir na região de Village, e os visitantes podem posar para fotos com a icônica escultura Gay Liberation, de George Segal, formado por quatro figuras que representam o espírito do movimento de libertação gay.
159 W 10th St., Greenwich Village, em Manhattan
Este adorável estabelecimento é o bar gay mais antigo em operação contínua em Nova York. Ele oferece um saboroso menu de grelhados e (normalmente) eventos descolados, como a festa mensal Mattachine, mas ainda mantém sua aura de bar decadente. Ambientado com fotografias vintage e decoração charmosa, o Julius’ também serve ótimos hambúrgueres, bebidas com preço bom e uma boa dose de história gay.
Stonewall National Monument Visitor Center
51 Christopher St., Village, em Manhattan

Crédito: Divulgação
Inaugurado em 2024, o centro de visitantes, primeiro de seu tipo a integrar o sistema de parques nacionais norte-americano, oferece uma experiência imersiva na história e cultura LGBT+ por meio de sua programação rotativa, passeios, palestras e exposições. Tudo isso para homenagear aqueles que participaram da Revolta de Stonewall e da luta contínua por direitos e igualdade da comunidade queer no país. Entrada gratuita.
The Leslie-Lohman Museum of Art
26 Wooster St., em Lower Manhattan, Manhattan

Crédito: Kristine Eudey/Divulgação
Criado para preservar a identidade LGBT+ enquanto fortalece essa comunidade, o Leslie-Lohman tornou-se um centro cultural dinâmico. O espaço exibe obras de sua coleção de 30 mil objetos, abrangendo três séculos de arte queer, incluindo peças de Andy Warhol, Jean Cocteau, Robert Mapplethorpe e George Platt Lynes.
200-218 W. 12th St., West Village, em Manhattan

Crédito: Brittany Petronella/NYC Tourism + Conventions
À beira do Rio Hudson, esta estrutura de aço, com bancos em seu interior e uma espécie de fonte d’água no centro, serve como porta de entrada para o Triângulo de São Vicente, parque em frente a um antigo hospital em West Village, e é um memorial que homenageia os mais de 100 mil nova-iorquinos que morreram em decorrência da agravação do vírus HIV, a AIDS. Gravadas nas lajes de pedra estão partes do poema Song of Myself, de Walt Whitman. O monumento fica entre a Greenwich Avenue, a Seventh Avenue e a West 12th Street,
Mid Central Park (na altura da 72nd St.), em Manhattan

Crédito: Christopher Postlewaite/Divulgação
Não é de se admirar que a cena final da brilhante peça Angels in America (1991), de Tony Kushner, vencedora dos prêmios Tony e Pulitzer, ocorra neste marco do Central Park. Projetada pela escultora lésbica Emma Stebbins, a escultura The Angels of the Waters surge em meio à fonte, perto de uma área frequentada por homens gays que remonta ao início do século 20.
2 Hylan Blvd., em Rosebank, no distrito de Staten Island

Crédito: Floto + Warner/Divulgação
O museu é o primeiro e talvez único dos Estados Unidos dedicado ao trabalho de uma fotógrafa feminina, a pioneira Alice Austen (1866-1952), considerada uma das artistas norte-americanas mais talentosas, que produziu cerca de 8 mil fotografias. O espaço, um charmoso chalé gótico vitoriano, onde a fotógrafa lésbica viveu de sua infância até a velhice, inclusive com sua esposa Gertrude Tate, apresenta exposições temporárias de suas fotografias históricas e de fotografia contemporânea – e oferece um lindo panorama do Brooklyn e de Lower Manhattan.
281 W. 12th St., West Village, em Manhattan

Crédito: Molly Flores/Divulgação
Este receptivo e movimentado bar oferece decoração excêntrica inspirada no Mardi Gras (espécie de carnaval celebrado na cidade norte-americana de New Orleans) e uma atmosfera amigável – o que não mudou desde a inauguração do empreendimento, em 1994. Ele não é apenas um dos poucos bares de lésbicas em Manhattan: é também um dos mais antigos.
363 5th Ave., Park Slope, no Brooklyn
Uma boate despretensiosa – e único bar lésbico remanescente no bairro de Park Slope –, a Ginger’s tem sido um ponto de encontro popular para mulheres há anos. Ali, pode-se desfrutar das músicas que saem da ótima jukebox e de jogos de sinuca. À noite, a casa, que também conta com um pátio ao ar livre, tem uma programação com eventos diversos, incluindo karaokê.
90 Kent Ave., Williamsburg, no Brooklyn
Figura importante na Revolta de Stonewall em 1969, Marsha P. Johnson (1945-1992) era uma mulher transgênero negra e ativista pelos direitos gays. Membro da frente da libertação gay e cofundadora do grupo radical Street Transvestite Action Revolutionaries, ela também fez parte da comunidade artística, até mesmo modelando para Andy Warhol. O espaço verde à beira-mar, anteriormente conhecido como East River State Park, foi renomeado para celebrar a trajetória de Marsha em 2020, tornando-se o primeiro parque estadual integrante do Nova York State Park a homenagear uma pessoa LGBT+.
157 Rockaway Beach Blvd., no Queens
Riis Park tem sido um destino gay há décadas, mas também é conhecido por receber visitantes de todas as idades e origens, criando uma mistura animada na extremidade leste dessa extensa praia pública. Por ali também há uma casa de banho no estilo art déco restaurada, campo de golfe, quadras de futebol e calçadões. O acesso pode ser feito de ônibus, metrô, carro ou balsa.
Park Drive, no Bronx

Crédito: NYC Parks & Recreation/Divulgação
Esta praia curva, a única pública no Bronx, também é um antigo ponto de encontro da comunidade LGBT+. Além de se refestelar ao sol, visitantes podem fazer uma caminhada descontraída pelo calçadão e perambular pelas muitas lojas e restaurantes da vizinhança.
Para mais informações sobre a cena LGBT+ de Nova York, acesse https://www.nyctourism.com/pt/maps-guides/lgbtq-nyc/.