Viajantes ficaram frente a frente com cena inacreditável
Bruno Machado, Patrícia Abaurre e sua filha Letícia, de Vitória (ES). Foto: Marco Brotto
Na segunda-feira (18) uma expedição de brasileiros que foi à Islândia para caçar auroras boreais foi surpreendida por outro fenômeno da natureza: uma grande erupção vulcânica na península de Reykjanes, cerca de 50 quilômetros de Reykjavik, capital do país.
Bruno Machado, Patrícia Abaurre e sua filha Letícia, de Vitória (ES), viajavam por uma estrada da região quando avistaram a erupção vulcânica no horizonte. Eles fazem parte da expedição guiada esta semana pelo curitibano Marco Brotto, especialista em auroras boreais.
Segundo o grupo, a experiência foi marcada por uma mistura de admiração, respeito e fascínio diante da força da natureza. “Já vimos vulcão em atividade no Havaí e no Chile, mas viver o momento exato do início da erupção foi uma sensação muito diferente para nossa família. Com certeza a viagem para ver a aurora boreal, ficará para sempre marcada por essa erupção fantástica. Mostrando toda a força da natureza e o poder de Deus.”, expressou Bruno Machado.
A gaúcha Debora Fajardo, de Bento Gonçalves (RS), que integra a expedição, também se emocionou. “Sentimento de gratidão e de estar sendo abençoada ao presenciar esse espetáculo da natureza, da força e energia que vem das profundezas da terra! De cara senti porque a Islândia é a terra do gelo e do fogo! Amei”.
Debora Fajardo, de Bento Gonçalves (RS). Foto: Marco Brotto
Para Marco Brotto, que com a sua equipe já realizou mais de 130 expedições com 100% de visualização de auroras boreais, viver essa experiência ao lado de seus viajantes é mais um momento de pura realização pessoal e profissional na carreira.
“Essa é a segunda vez que fico frente a frente com uma erupção na Islândia. Presenciar isso a olho nu é incrível. Dessa vez, em apenas uma hora a fenda fez 2 km e jorrou lava a 190 metros de altura. Foi deslumbrante, em especial porque respeitamos o fenômeno e o visualizamos com toda a segurança, claro”, relatou.
Para Marco Brotto, que com a sua equipe já realizou mais de 130 expedições com 100% de visibilidade de auroras boreais. Foto: Marco Brotto
Segundo o Gabinete Meteorológico do país, o vulcão ativo é resultado de uma rachadura na superfície terrestre que cresceu rapidamente, já superando os 3 km de distância.
Nos últimos meses, a região foi impactada por milhares de terremotos. “Temos acompanhado toda essa atividade e sabíamos da chance de visualizar o fenômeno. Por isso ficamos atentos e, quando ele aconteceu, conseguimos presenciar esse momento inesquecível”, contou Brotto.