Portugal vai acolher a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, em Lisboa, de 27 de junho a 1 de julho de 2022. Visando “Salvar os Oceanos, Proteger o Futuro”, esta conferência é uma coorganização entre a ONU e os Governos de Portugal e Quénia.

 

A Conferência, assim como os eventos especiais associados, apela à participação dos Estados, da sociedade civil e parceiros do setor empresarial e associativo, exortando-os a assumir um papel ativo para a concretização das metas do ODS 14 – Proteger a Vida Marinha – e a comprometerem-se com a sustentabilidade dos recursos marinhos.

 

Num momento crítico e decisivo para o Planeta, Portugal está empenhado em realçar o nexo entre o Clima e os Oceanos. É necessário proteger os Oceanos para garantir o futuro. Neste quadro, a Conferência ocorre num momento ideal para estimular novos hábitos e uma Economia azul sustentável, assente em soluções inovadoras baseadas na ciência, em tecnologias mais amigas do ambiente e no uso sustentável dos recursos marinhos, protegendo a biodiversidade e reduzindo a poluição.

 

Portugal, país que acolhe a conferência, é 18 vezes mais oceano do que terra, sendo o terceiro país com a maior ZEE (zona económica exclusiva) da União Europeia. A história e a cultura portuguesas estão marcadas pela profunda relação com o mar, que tem também determinado o carácter aberto, disponível e inovador do seu povo. Os oceanos têm sido ainda razão para o estabelecimento de iniciativas ao nível comercial e económico e definido as relações estratégicas com outras nações.

 

A linha de costa portuguesa é extensa: com um total entre continente e ilhas de mais de 2500 km, é pontuada por toda uma variedade de condições naturais e um clima excecional, o que proporciona a todo o instante experiências únicas e inesquecíveis. É precisamente por estes ativos que Portugal é um dos destinos de desportos náuticos, com destaque para o surf de que é uma referência a nível mundial e que se pode praticar todo o ano. A variedade e qualidade de surf spots, com destaque para o “Canhão da Nazaré”, onde a geologia submarina permite a formação de ondas gigantes e perfeitas, e a Reserva de Surf da Ericeira, primeira classificada na Europa pela organização Save the Waves Coalition, geram grandes momentos para os amantes de desportos aquáticos.

 

Os Parques Naturais portugueses com componente oceânica são reconhecidos em todo o mundo, principalmente os do litoral este, como o Sintra-Cascais e o Arrábida, e também a sul, na forma dos canais labirínticos da bela Ria Formosa. São destinos certificados, com elevado valor natural, onde a preservação vem em primeiro lugar.

 

Os oceanos desempenham um papel crítico na proteção da saúde do nosso planeta, fornecendo oxigénio e alimentos, funcionando como principal regulador do clima, absorvendo o excesso de emissões de carbono e mitigando o impacto das alterações climáticas. A resiliência dos ecossistemas marinhos deve ser preservada pelo que a ação climática baseada nos oceanos, apoiada por vontade política e investimento em tecnologia, permitirá que os oceanos continuem a ser o principal instrumento no combate às alterações climáticas.

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