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- Category: CONECTADO
- Published: 23 December 2019
Les Clefs d’Or, representam o suprassumo do serviço de Concierges no mundo. Renata Farha, concierge do hotel Intercontinental São Paulo foi eleita a presidente da Les Clefs d'Or Brésil para o biênio 2019-2021
Foto: Reprodução site Les Clefs d'Or Brésil
Renata Farha, supervisora concierge do hotel Intercontinental São Paulo. Foto: Viagem News
As chaves cruzadas douradas exibidas nas lapelas do uniforme identificam o concierge membro da Les Clefs d’Or, uma associação internacional de concierges, cujo principal objetivo, é promover a troca de contatos e experiências entre os profissionais da área, buscando a excelência no atendimento aos visitantes para oferecer-lhes uma estadia inesquecível. Fundada em Paris, na França, no ano de 1929, hoje a associação sem fins lucrativos se faz presente em 51 países nos cinco continentes contando com mais de 4.000 membros. No Brasil, onde opera há 27 anos, a Les Clefs d’Or Brésil possui 40 membros atuando nos melhores hotéis dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
No estado de São Paulo, os hotéis que possuem concierges Clefs d’Or são: Intercontinental, Four Seasons, Sheraton, Unique, Fasano e Tivoli, na capital paulista, e o Sofitel Jequitimar na cidade de Guarujá, no litoral sul de São Paulo.
A história conta que, antigamente, o concierge era a primeira pessoa a se levantar para destrancar todas as portas da propriedade. Quando os castelos, por toda a Europa, hospedavam a nobreza, o concierge tinha em suas mãos as chaves dos aposentos e tratava de fornecer tudo o que os hóspedes necessitavam durante sua estada. Era também o responsável pelo mapa e localização de cada canto dos castelos, além disso, informava ao proprietário tudo o que ele desejava saber sobre o que estava acontecendo em seus domínios.
Nos dias atuais, o concierge é aquele que detém as chaves de uma cidade, e pode ser descrito como um facilitador de sonhos, encarregado da resolução das mais diversas solicitações. O concierge é o elo mais forte entre o hóspede e o hotel. Trabalhando em conjunto com os seus assistentes e interagindo com diferentes departamentos do hotel, como a Governança, Alimentos e Bebidas, Eventos etc… ele possui apenas um objetivo: providenciar a melhor experiência possível para seus hóspedes.
PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES
Os serviços do concierge cobrem uma gama extraordinária de funções, das mais simples às mais desafiadoras. Entre as principais funções estão:
- Organização de todos os tipos de transportes dos hóspedes;
- Indicação de passeios turísticos;
- Recomendações gerais da cidade que podem ser desde atrações turísticas, restaurantes;
- Compras ou qualquer outro tipo de solicitação que o hóspede tiver.
Os concierges Clefs d’Or passam por constantes atualizações, capacitações e possuem uma extensa rede de contatos para poder atender aos visitantes com um nível máximo de excelência, por isso, representam o que há de melhor no segmento, o suprassumo do serviço de Concierge.
Les Clefs d’Or Brésil
Pela primeira vez desde sua criação no Brasil, em 1991, na cidade do Rio de Janeiro, a presidência da Les Clefs d’Or encontra-se em São Paulo. No início deste mês, Renata Cury Farha, supervisora concierge do hotel Intercontinental São Paulo, foi eleita a presidente da associação para o biênio 2019-2021. A nova diretoria foi apresentada à imprensa na terça-feira (17), durante um café da manhã realizado no restaurante Tarsila do hotel Intercontinental São Paulo. Estiveram presentes Renata Farha, Intercontinental/SP, Lucas Medeiros, Four Seasons São Paulo/SP, Peter Inoka, InterContinental/SP, Júlio Antonio de Souza Soares, Sofitel Guarujá Jequitimar/SP, Veronika Vidmar, InterContinental/SP, Peter Inoka, InterContinental/SP, Johannes Bayer, Intercontinental/SP, Graciela Alves, Intercontinental/SP e Jean-Marc Janod, vice-presidente regional MLAC de hotéis e franquias IHG.
Renata Farha, Presidente da Les Clefs d'Or Brésil. Foto: Viagem News
Renata afirmou que uma das metas da Les Clefs d’Or Brésil em sua gestão é crescer, mantendo sempre a qualidade, não só na cidade de São Paulo, mas também nas outras regiões do Brasil. Além de ações junto a grandes hotéis e imprensa, serão feitas palestras em universidades para uma maior divulgação da associação e consequentemente trazer novos futuros membros para ela.
Johannes Bayer, gerente geral do InterContinental São Paulo declarou seu total apoio à Renata e equipe, além de ressaltar a importância da Les Clefs d’Or no cenário hoteleiro.
A nova presidente contou que seu interesse em ser uma concierge Clef d’Or surgiu durante seu primeiro emprego num hotel 4 estrelas que não tinha concierge, mas que quando os hóspedes precisavam do serviço, seus colegas da recepção a indicava para atendê-los, em virtude de seu conhecimento sobre a cidade de São Paulo, pela qual sempre foi apaixonada desde menina e pela qual sempre se manteve interessada em saber o que acontecia nela. Contudo, em certas ocasiões ela precisava de ajuda, e nessas horas ela consultava seu falecido amigo concierge Clef d’Or, Luís Albuquerque, o qual já havia sido presidente da Associação no Rio e que na época trabalhava no hotel Renaissance, e estava sempre disposto a auxiliá-la. “Eu achava aquilo incrível porque ele nunca estava ocupado para me ajudar, ele estava sempre disposto, você sentia que tinha um sorrisão do outro lado da linha. Foi aí que conheci a Les Clef d’Or e despertou-me o interesse”, revelou Renata.
Além de Renata Farha, Veronika Vidmar e Peter Inoka atuam como concierges no InterContinental São Paulo, o único hotel da cidade com três membros Les Clefs d'Or atuantes. “98% dos hotéis da Intercontinental tem concierges Clef d’Or, pois é uma exigência dos padrões da marca que o chef concierge seja Clef d’Or”, informou Renata.
Da esquerda para a direita: Lucas Medeiros, Veronika Vidmar, Johannes Bayer, Renata Farha, Peter Inoka e Júlio Antônio Soares. Foto: Viagem News
Para ser um concierge Clef d’Or, é preciso ter no mínimo 5 anos de experiência no balcão, sendo pelo menos 2 anos como concierge registrado em carteira, lidando com o público, no front. Mas, o concierge pode começar a carreira como recepcionista como a maioria dos concierges começam. Também é necessário que o concierge tenha o domínio de outro idioma, inglês de preferência. Além disso, os novos membros devem fazer provas cujo conteúdo vai desde o conhecimento da Associação até o conhecimento da cidade em outro idioma. Feito isso, dois dos membros se tornarão os padrinhos do candidato e deverão guiá-lo por todo esse processo, apresentar todo esse mundo da Clef d’Or a ele e também fazer sua indicação. Por fim, o gerente-geral do candidato no hotel o indica e depois é feita outra prova, uma entrevista pessoal com o candidato.
De acordo com Renata, Johannes Bayer e Júlio, o concierge que deseja ser um concierge Clefs d’Or tem que ser paciente, ético, ter mente aberta para as mais variadas solicitações, humilde, comunicativo e até curioso para saber tudo o que está acontecendo na cidade. Johannes também destacou a discrição como qualidade de um concierge, e disse: “A estrela do show não é o concierge, a estrela do show é o cliente, então, por mais que a Clefs d’Or seja uma classificação que usa o ouro, na verdade o ouro é o cliente. Há uma expressão que diz: você não pode polir o diamante com pedra, diamante se pole com diamante”.
No ano de 2020 será realizado de 28 de agosto a 1 de setembro, o Congresso Pan Americano, no Sheraton Grand Rio Hotel & Resort, na cidade do Rio de Janeiro. “Cada vez que tem um Congresso, o Intercontinental também promove um encontro dos concierges do Intercontinental no local do evento que vai ocorrer, em agosto nós também vamos receber os participantes da marca Intercontinental e a gente vai fazer a nossa reunião também com as pautas e assuntos de trabalho a serem tratados na rede Intercontinental”, explicou Bayer.
E em março de 2020 acontecerá o 67º Congresso Internacional em Nova Délhi, na Índia, onde haverá a entrega de prêmios como o Prêmio Les Clef d’Or de Melhor Concierge Novo do ano com o patrocínio do Intercontinental Hotels Group.
É no Congresso Mundial que acontece todo ano em um lugar diferente do mundo e no Congresso Pan Americano que ocorre a cada dois anos, que os concierges Clefs d’Or realizam o intercâmbio, a troca de experiências entre si. Além disso, através das mídias sociais, eles ficam sempre conectados uns com os outros.
No caso do Intercontinental, Renata contou que há até um grupo no Whast App com todos os concierges da rede, incluindo os não Clefs d’Or. “A gente se fala praticamente o dia inteiro, e é engraçado que às vezes, você acorda e tem um monte de mensagens do outro lado do mundo e aí o pessoal da Califórnia começa a responder mais tarde e por causa do fuso, é muito engraçado”, relatou ela. Algumas vezes essa troca se dá através de telefonemas também.
No site da Les Clefs d’Or internacional (lesclefsdor.org), há um canal chamado Your Key to Everything, “Suas Chaves para Tudo”, em tradução literal, no qual concierges Clefs d’Or do mundo inteiro escrevem um artigo sobre a cidade, sobre o que eles gostam de fazer no dia de folga deles, sobre qualquer assunto, desde gastronomia, bares, arte, estilo de vida. Esse canal pode ser consultado por qualquer pessoa interessada, pois é aberto ao público.
Agora, você já sabe, quando se hospedar num hotel que tenha um concierge membro da Les Clefs d’Or, pode ter a certeza de que será recebido com chaves de ouro!
