Após diversos relatos de violações de bem-estar animal e a demissão da única veterinária responsável, o condado de Miami-Dade rescindiu o aluguel do local

 

 

O condado de Miami-Dade rescindiu o contrato de locação do Miami Seaquarium. De acordo com relatos, a notificação para desocupar o local surgiu após várias inspeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, nas quais foram encontradas diversas violações ao bem-estar animal.

 

O Miami Sequarium, que aluga o espaço do condado, deve entregar a propriedade até o dia 21 de abril de 2024.

 

De acordo com uma carta de Jimmy Morales, Diretor de Operações da Prefeitura de Miami- Dade, "o longo e preocupante histórico do locatório constitui violações repetidas e de longa data das obrigações contratuais, o que inclui manter a propriedade em bom estado de conservação e manter os animais de acordo com a lei aplicável".

 

A carta de Morales afirma, também, que o Miami Sequarium foi citado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos sete vezes por cuidados veterinários inadequados, duas por manejo inadequado de animais, três por falhas em manter instalações internas e três por qualidade inadequada da água.

 

"Aplaudimos a prefeita Daniella Levine Cava pela sua decisão de rescindir o contrato de locação do Miami Seaquarium, encerrando quase 70 anos de crueldade contra os animais no local. Este importante passo só foi possível graças aos inúmeros defensores que assinaram petições, enviaram cartas e realizaram protestos durante mais de uma década. Esperamos que outras instituições com delfinários sigam o exemplo e ajudem a acabar com esta indústria cruel", afirma Nicole Barrantes, Gerente de Campanhas de Vida Silvestre do escritório da Proteção Animal Mundial nos Estados Unidos.

 

A Proteção Animal Mundial está em contato com o condado de Miami-Dade para garantir que eles priorizem a segurança e o bem-estar dos animais que ainda são mantidos em cativeiro no Miami Seaquarium.

 

Turismo com animais silvestres

 

A Proteção Animal Mundial defende que os animais não devem servir nunca como entretenimento.

 

"Não recomendamos nenhum tipo de atividade turística que envolva animais em cativeiro ou condicionados por oferta de alimento. As atividades com animais só devem ser feitas se for de observação em vida livre. Casos como o do Miami Seaquarium são uma boa oportunidade para conscientizar o público sobre o que está por trás das cenas na maioria das vezes. Animais confinados fora do seu habitat natural e treinados para fazer acrobacias, como é o caso desses shows aquáticos, estão em sofrimento e sendo explorados para beneficiar uma indústria milionária. Animais em cativeiro são parte de um negócio e o turista que é consciente não contribui para isso", explica Júlia Trevisan, coordenadora de Vida Silvestre da Proteção Animal Mundial.

 

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