arg 0308

Foto: Visit Argentina

 

Por que 15? Porque 15 foram as vezes que a camiseta azul-celeste e branca levantou a Copa América. A Argentina é um país que vive o futebol com o coração na mão. Para os 45 milhões de habitantes, a paixão é inevitável seja qual for a matéria esportiva. E, diante de tais condições, sobram as razões para escolhê-la como destino de aventuras.

 

O sabor do churrasco, a qualidade de seus vinhos e a invejável natureza são apenas algumas das impressões que aparecem na mente dos viajantes quando se fala da Argentina. Mas há uma característica que lidera a tabela: o amor pelo futebol. Porque no território alviceleste não se vive como em qualquer outro lugar. Aqui, uma partida define o estado de ânimo do país inteiro. Se perder você chora e se ganhar, também. É o lar do Maradona, do Messi, da Seleção. Um time que joga mesmo com sangue nos tornozelos. Que com uma bola une o povo que grita um gol. Esse que em 90 minutos ensina o significado do ditado “A perseverança acaba sempre por triunfar”.

 

E embora o futebol nacional percorra as notícias do mundo inteiro, não é o único exercício que mobiliza o país. O basquete, o tênis, o polo, o hockey, a natação, a pesca e até os Jogos Olímpicos relatam a alegria que o esporte provoca entre os argentinos. Faz sentido, então, que suas alternativas turísticas emocionem o aventureiro de plantão. A Argentina tem tudo: da cultura apaixonante até coordenadas que habilitam disciplinas extremas. O conceito é simples, quem procura adrenalina, vai encontrar e este artigo vai demonstrá-lo:

 

1. Viver o clássico Boca versus River

 

Real Madrid versus Barcelona, Flamengo versus Fluminense, Liverpool versus Manchester United. Existem partidas que são esperadas em todo o planeta. Duelos que deixam países inteiros tensos. Divididos pelos times e unidos pela paixão. E claro que o clássico sabe tudo isso e mais. Porque já é parte do folclore nacional (e internacional). Porque, ainda que você decida não assisti-lo, vai ouvi-lo no bairro que for. Porque por um segundo, grita-se gol e lamenta-se na mesma intensidade.

 

Um Boca-River não é comparável com nenhuma outra partida. Até o jornal inglês The Observer o catalogou como a experiência esportiva mais intensa do mundo e um dos 50 espetáculos para ver antes de morrer. Na Bombonera, no Monumental ou em Madrid, é um encontro que contagia até quem não é fã de futebol.

 

2. Rosário, a cidade onde o Messi nasceu

 

Se o Barcelona está orgulhoso de ter contratado o jogador com mais bolas de ouro da história, o que resta para o país que o viu nascer? Exato. Por isso no estado de Santa Fé existe um circuito de 10 paradas que atravessa os anos da infância do prodígio do futebol. Mais precisamente em Rosário, sua cidade natal e o lugar onde o Messi hoje volta a ser um menino de bairro.

 

Há lugares de todo tipo. A quadra El Campito, onde jogava quando era pequeno. O Clube Abanderado Grandoli, que foi quem o descobriu com cinco anos e um talento insuperável. Sua escola e lar. Até o bairro La Bajada que, além de uma atração rosarina imperdível, é onde ele morou com sua família e tem inúmeros murais em sua homenagem.

 

3. La Paternal, berço do amor maradoniano

 

Maradona não precisa de introdução. É a primeira palavra que um turista diz quando esbarra com um argentino no exterior. Para a nação é um deus e para o resto do mundo, também. Porque o que El Diego causa, ninguém nunca causou. E, a pesar de ser lembrado com nostalgia por todo Buenos Aires (e por todo o país), La Paternal, na Cidade de Buenos Aires, tem uma quota de sentimentalismo extra.

 

É a sede do estádio de futebol do Argentinos Juniors, nada mais e nada menos que o time no qual o camisa Dez debutou. Um templo que, aliás, hoje leva seu nome. É que o ícone do futebol é o orgulho dos vizinhos. E claro que as ruas do bairro estão inundadas de arte de rua em homenagem a seu ídolo. Além disso, na rua Lascano, n° 2257 está a primeira casa que comprou ainda muito jovem, quando saiu do seu humilde lar em Villa Fiorito. Hoje é um museu e um túnel do tempo que lembra os momentos mais importantes do ídolo eterno.

 

4. A Bombonera em La Boca

 

Boca é um dos times mais poderosos do país. Com mais de 100 anos de história, é um claro sinônimo de triunfos e comemorações. Por isso, o estádio do Xeneize tem uma forte marca na cultura nacional e, claro, catalogado como clássico portenho. A Bombonera, chamada assim pelo parecido estrutural com uma caixa de bombons, é apenas um dos maiores símbolos do colorido bairro de La Boca da capital argentina.

 

Visitá-la é uma experiência incrível, ainda mais se for para ver uma partida. Aí está a verdadeira adrenalina. Pois bem, se não tiver a sorte, sempre é possível percorrer o Museu da Paixão Boquense que casualmente fica dentro do estádio.

 

5. Mergulhar em Puerto Madryn

 

Muitas vezes, costuma-se relacionar a Patagônia com as belezas naturais ao pé da Cordilheira dos Andes. Porém, do lado oposto, sobre a imensa costa que bordeia o mar Argentino, há muito para ver e aproveitar.

 

É nessa zona onde você pode topar-se com Puerto Madryn, a Capital Nacional do Mergulho na Argentina, localizada no estado de Chubut, a poucos minutos da maravilhosa Península Valdés (Patrimônio Unesco da Humanidade), uma cidade pujante, em permanente crescimento, com belíssimas praias e famosa por ser ideal para o avistamento da baleia franca austral.

 

Ao chegar em Madryn –como é conhecida popularmente- o plano de fazer mergulho -e também snorkel!- passa da fantasia à realidade. Com o traje de neoprene posto, a aventura mergulha em águas azuladas, os lobos-marinhos se transformam em amigos, as piruetas vêm e vão e todo o mundo aquático se torna familiar. Experiência 100% premium e, claro, bem patagônica.

 

6. Caminhada em El Chaltén

 

Percorrer grande extensão de caminho ou de áreas determinadas, geralmente de alta montanha. É assim que a Real Academia Espanhola define “caminhada”. Mas na Argentina não se trata apenas de fazer caminhada. Pois a fórmula nacional supera a regra com postais absolutamente fascinantes. É que a magia da Patagônia, mítica região que alberga povoados inesquecíveis como El Chaltén, não se acha em qualquer lugar. Por isso, fanáticos do mundo todo, ano após ano, chegam aqui em busca de aventuras encantadas.

 

A Capital Nacional do Trekking, ou Caminhada, do país tem trilhas para todos os gostos e dificuldades. Portanto, se o turismo de aventura for uma questão pendente, El Chaltén sem dúvidas aparecerá nas listas de viajantes. A recompensa de escolhê-lo é avistar o Monte Fitz Roy rodeado de paisagens que parecem surgir de telas fantásticas e pintam um quadro natural difícil de esquecer.

 

Circuitos recomendados: a Laguna de los Tres, a Loma del Pliegue Tumbado e a Laguna Torre. E, embora esta pequena vila santacrucenha já seja o bastante para mover a bússola de mais de um turista, a apenas 200 km está El Calafate, dono e sede do Perito Moreno, um dos maiores glaciares do mundo.

 

7. Golfe nas Termas de Río Hondo

 

Única na América do Sul e um orgulho para toda a região Norte. Definitivamente, o campo de golfe do Termas de Río Hondo Golf Club, projetada por Robert Trent Jones II, filho do legendário arquiteto norte-americano, transformou-se, desde a sua inauguração em 2018, em uma maravilha do Turismo Esportivo da Argentina.

 

Este notável lugar é cenário de uma das etapas do PGA Tour da América Latina. E quanto a esse ponto, cabe mencionar a histórica aliança da Argentina, por meio do Instituto Nacional de Promoção Turística (INPROTUR), com o PGA Tour da América Latina empós de promover a oferta turística nacional em uma das competições esportivas mais importantes da região.

 

Junto ao Autódromo e ao Museu do Automobilismo, o campo do Termas completa um trinômio que eleva a oferta do mencionado segmento turístico do país e posiciona o estado de Santiago del Estero como uma excelente opção para os viajantes internacionais que quiserem visitar a parte mais setentrional do país.

 

“O sol nunca se põe em um campo de golfe de Robert Trent Jones” costumava dizer o pai do criador desse fantástico campo do Termas. Em Santiago, a energia nunca desaparece e está presente a toda hora.

 

8. Pesca em O Fim do Mundo

 

Mais de dez rios, quatro lagos e três lagoas transformam a Terra do Fogo em um grande destino pesqueiro. É que o local mais austral da Argentina é o lar das famosas -e cobiçadas- trutas do mar. Peixes que, aliás, podem chegar a pesar até 18 kg. Quais são as espécies daqui? Brown trout, rainbow, sea run, brook e steelhead, entre outras. Tal é a sua riqueza piscícola que a água fueguina se candidata facilmente como uma das melhores áreas da América Latina para o mundo da pesca.

 

O ponto estratégico mais importante fica ao norte, no Río Grande, que assim como o seu nome indica, é um espelho aquático onde vivem os peixes de maior tamanho. Além disso, é uma área com grande oferta hoteleira e uma gastronomia deliciosa. E claro que a truta não é a única protagonista marítima. Ushuaia também é conhecida no mundo inteiro pela qualidade e pelo frescor da centolla (caranguejo gigante). Comê-la é uma experiência culinária direta do oceano para o prato.

 

9. Cavalgadas em Córdoba

 

Todo seguidor equestre sabe que Córdoba, no coração geográfico da Argentina, tem que estar dentro do seu roteiro. É que a fórmula do território serrano é infalível: caminhos intermináveis, história local, fauna e a inconfundível energia do lugar. Sem falar nos churrascos, nos Fernets -típico elixir desta terra- e na melodia do cuarteto. Quando nada ficar de fora, a aventura a cavalo é o mais parecido à perfeição.

 

A premissa de cavalgar com o vento no rosto rodeado de paisagens de cinema mantém-se em todo o território. Mas, quais coordenadas não deveriam perder? Pampa de Olaén, La Cumbrecita, Alta Gracia, La Cumbre e Santa Rosa de Calamuchita.

 

10. Caiaque no Lago Nahuel Huapi

 

A cor das ondas, as ilhas que o rodeiam, a selva andina, as montanhas imponentes. Desculpas para conhecer o Nahuel Huapi não faltam e poder fazê-lo em um bote redobra qualquer aposta de viajante. Porque não há nada mais lindo do que desfrutar da paisagem patagônica -que já é um espetáculo- de dentro da água.

 

São 557 km² que se estendem do sul do estado de Neuquén até Bariloche, no Rio Negro. Uma curiosidade? É um dos lagos mais profundos do mundo e o quarto maior da Argentina. Ou, em outras palavras, o paraíso aquático que os fãs da aventura estavam procurando. Caiaque, stand up paddle, windsurf e até mergulho, são algumas das muitas alternativas náuticas. Quanto ao kayaking, é possível alugar caiaques por algumas horas e para os mais corajosos realizar travessias grupais ou particulares de um dia, que atravessam cachoeiras e praias escondidas. Claro que todos os percursos incluem pausas mais do que necessárias para admirar os belos postais.

 

11. Descida de bicicleta pela Cuesta del Obispo, em Salta

 

Se a adrenalina corre nas veias, a resposta está aqui. É uma passagem de 40 km que permite os turistas conhecerem em duas rodas algumas das vistas mais maravilhosas do estado de Salta. Porque, por mais que pareça inacreditável, atravessa simultaneamente os planaltos áridos da Puna e os verdes frondosos da floresta de Yungas. Fotos? Muitíssimas.

 

Não, não requer nenhum preparo físico, só muita vontade de admirar as montanhas argentinas cobertas de vegetação às vezes avermelhada, verde e até amarela. Um trio impagável. São 10 horas de uma sucessão de delírios naturais que acelerará o coração de todos os viajantes. O caminho une os vales de Lerma e Calchaquí, e costeia o rio Escoipe até o pé da Cuesta del Obispo. Além disso, entre uma curva e outra, passa pelo Parque Nacional Los Cardones, dono da emblemática e homônima paisagem saltenha. É uma experiência alternativa que permite entender em primeira pessoa o motivo pelo qual este estado é conhecido como La Linda.

 

12. Escalada no monte Aconcágua

 

Com 6961 metros é a montanha mais alta da América e uma das mais famosas do mundo. Estatística suficiente para visitar o país, certo? Fica em Mendoza e a verdade é que a escalada não é de enorme dificuldade em comparação com outras cadeias montanhosas, mas, como toda aventura, requer preparo físico com antecedência. Quão exigente? É um processo parecido ao treinamento para correr uma maratona. Progressivo e, no melhor dos casos, já ter escalado antes montanhas de menor altura.

São várias rotas, 33 para ser precisos. Estão as mais simples -para personas sem muita experiência- e também as exclusivas para os experientes. Em 15 dias, aproximadamente, chega-se ao cume. A chave está em empreender a travessia com um guia especializado, embora aqui tudo dependa do clima. E claro, as baixas temperaturas tornam o circuito mais complexo.

 

A experiência é completamente única e nada é comparável com ver da montanha as nuances alaranjadas do amanhecer ou do entardecer. Outra panorâmica maravilhosa é admirar o céu de Mendoza completamente estrelado. Mas atenção, porque o Aconcágua é apenas a ponta do iceberg. Pois o estado do Malbec também alegra corações e paladares 24 horas por dia, 7 dias por semana e é dona da melhor adega do mundo de acordo com The World ‘s Best Vineyards: Zuccardi Valle de Uco.

 

13. Esqui na Cordilheira dos Andes

 

Por quase a metade do preço das alternativas mundiais, os montes argentinos recebem viajantes amadores e experientes de todas as partes do mundo. Porque o território alviceleste é muitíssimo mais acessível que seus colegas internacionais, mas não por isso de inferior qualidade. Pelo contrário. Além do mais, é sede do maior centro da América do Sul: o monte Catedral em Bariloche, destino turístico de excelência na Patagônia. E nem tudo se reduz a esquiar: o snowboard, o trekking, os passeios em trenó e a escalada são propostas mais do que tentadoras para os apaixonados pela adrenalina.

 

No que à neve se refere, a temporada vai de junho a outubro. Há centros de esqui com entre 20 e 30 pistas cada um, com opções para todos os gostos e níveis. Coordenadas a considerar: Terra do Fogo, Mendoza, Rio Negro, Neuquén, Santa Cruz e Chubut.

 

14. Carrovelismo em San Juan

 

O carrovelismo, para quem não conhece, é um esporte exclusivo de algumas paisagens porque depende 100% das condições climáticas. Basicamente são pequenos carros com uma vela e sem motor, já que são impulsionados pela força do vento. Podem atingir até 120 km/h, nada mal para levantar as pulsações movidas à adrenalina!

 

No estado de San Juan, a 25 km da localidade de Barreal, fica Pampa del Leoncito, um legado argentino de milhões de anos com o vento como principal aliado. É uma paisagem desértica, com superfícies em erosão ideais para os aventureiros natos. O horário para desfrutar do plano é a partir das cinco da tarde, quando as correntes de ar levantam. E o melhor é que esta coordenada fica nos arredores do Parque Nacional homônimo onde, pela noite, é possível desfrutar de um dos céus mais limpos e estrelados do país.

 

15. Aulas de polo em Buenos Aires

 

Apesar de ser um esporte relacionado com a tradicional elite portenha, o jogo na verdade foi importado pelos ingleses que chegaram ao país a meados do século XIX. As regras: coordenação e equitação. Para os amantes do cavalo, assisti-lo é um espetáculo completamente hipnotizante. De fato, em Buenos Aires é organizado todos os anos o Aberto de Palermo, máxima competição interclubes a nível mundial. Imperdível? Claro que sim. E se o show não for suficiente, sempre é possível fazer aulas para melhorar as habilidades em cima dos equinos!

 

Fonte: VisitArgentina

Pin It